O surto do coronavírus na China e os casos suspeitos ao redor do mundo já fizeram o brasileiro procurar formas de se proteger. Em algumas farmácias as máscaras já estão em falta.

Uma série de pesquisas científicas demonstrou que o uso de máscaras faciais durante surtos de doenças virais como a causada pelo coronavírus 2019 (COVID-19) só demonstrou ser eficaz para proteger os profissionais de saúde e reduzir o risco de pacientes doentes espalharem a doença.

Com base nessas evidências, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda o uso de máscaras faciais para:

• Pessoas que apresentam sintomas respiratórios, como tosse, espirros ou dificuldade em respirar, mesmo quando procuram atendimento médico, para proteger as pessoas ao seu redor.

• Pessoas (incluindo familiares) que prestam atendimento a pessoas com sintomas respiratórios.

• Profissionais de saúde, quando entram em uma sala com pacientes ou quando tratam um indivíduo com sintomas respiratórios e de acordo com o tipo de atendimento que será prestado.

Em nenhuma dessas circunstâncias, o uso somente de uma máscara facial garante a proteção contra infecções e deve ser combinado com outras medidas de proteção pessoal, como higienizar as mãos, manter distância de pessoas com sintomas e praticar a etiqueta respiratória (ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos).

“Nenhuma medida preventiva é 100% eficaz para prevenir infecções, mas praticar todas elas de maneira conjunta pode reduzir as chances de disseminação da infecção”, disse o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa.

Máscaras impedem a contaminação do coronavírus - Covid-19? Mito ou Verdade?

Recomendações para o público em geral

Os estudos não demonstraram um benefício claro do uso de máscaras para pessoas saudáveis. Algumas pesquisas mostram que as pessoas podem ser infectadas tocando em uma máscara contaminada que estavam usando ou removendo-a incorretamente.

Em um surto como o COVID-19, as seguintes medidas podem ajudar as pessoas a reduzir suas chances de serem infectadas:

• Lave as mãos com frequência ou use um desinfetante para as mãos à base de álcool. Sempre lave com água e sabão quando as mãos estiverem visivelmente sujas.

• Evite tocar o nariz ou a boca, que são vias comuns de infecção.

• Evite multidões e limite suas visitas a espaços fechados com pessoas.

• Evite o aperto de mão e outras formas de contato físico.

• Mantenha uma distância de pelo menos um metro (3 pés) de qualquer pessoa que tenha sintomas respiratórios (por exemplo, tosse ou espirro).

Se a pessoa tiver sintomas como tosse, espirros ou dificuldade para respirar, as recomendações são:

• Usar uma máscara facial, se a pessoa estiver infectada, para evitar a propagação da doença.

• Se não usar máscara, mas estiver tossindo e espirrando, é fundamental cobrir o nariz e a boca com o cotovelo dobrado ou com um lenço de papel – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.

De acordo com  Raquel Saito, professora de Saúde Pública e Vigilância Epidemiológica da Faculdade Santa Marcelina explica que o uso das máscaras é mais recomendado às pessoas que podem estar contaminadas.

Máscaras impedem a contaminação do coronavírus - Covid-19? Mito ou Verdade?

Já as pessoas que querem evitar a contaminação, devem procurar uma máscara específica regulamentada como equipamento de segurança, ‘mas ela é usada por profissionais da saúde que vão tratar pessoas contaminadas’, alerta Saito.

Segundo a especialista, a higiene e pequenos cidadão ajudam na hora da proteção. Ela afirma que as pessoas devem lavar mais as mãos, com bastante atenção e maior frequência, usar o álcool gel, e evitar viajar para lugares onde o vírus já circula.

Máscaras impedem a contaminação do coronavírus - Covid-19? Mito ou Verdade?

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“Este é um novo vírus”, disse Barbosa, referindo-se ao COVID-19, “então ainda estamos coletando informações sobre ele. Mas as evidências já disponíveis mostram que é semelhante o suficiente a outros vírus e estamos bastante confiantes de que essas recomendações são boas dicas para reduzir as chances de infecção”.

Fontes: OPAS/OMS Brasil

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