Não é preciso percorrer grandes distâncias para trocar o corre-corre da metrópole por um típico clima de cidade interiorana. Localizada a pouco mais de 60 quilômetros de São Paulo, São Roque recebe de 6 000 a 10 000 visitantes por mês, muitos deles oriundos da capital. Dois caminhos levam até o município: as rodovias Presidente Castelo Branco (SP-280) e Raposo Tavares (SP-270).
Parece Mendonza, na Argentina, mas é em pleno Estado de São Paulo. Por isso, vale um bate-volta da capital ou um final de semana, para viajantes de outros lugares.

 

 

A origem do cultivo da uva e a produção de vinhos remontam aos primeiros povoados que aqui se formaram. Em meados do século XVII, Pedro Vaz de Barros, fundador da cidade de São Roque, ficou entusiasmado com as terras da região e, juntamente com os moradores, decidiu investir na plantação da fruta e na produção de vinhos.

 

 

Fundada na segunda metade do século XVII pelo bandeirante Pedro Vaz de Barros, mais conhecido como Vaz-Guaçu. A cidade recebeu o nome São Roque devido a devoção de seu fundador por este santo. Atraído pela região, estabeleceu-se com sua família e por volta de 1.200 índios as margens dos ribeirões Carambeí e Aracaí, começando assim, a cultivar trigo e uva. A cidade surgiu de uma enorme fazenda e uma capela por ele erigida no local. A capela, então localizada onde hoje é a Praça da Matriz, foi levantada em devoção a São Roque. A fazenda tinha por objeto o cultivo de vinhedos e de trigais, utilizando-se mão-de-obra indígena forçada e mais tarde, de escravizados negros. Mais tarde, imigrantes italianos e portugueses cobriram as encostas dos morros com vinhedos, instalaram suas adegas e transformaram São Roque na famosa “Terra do Vinho”. O irmão de Pedro Vaz, Fernão Paes de Barros, também veio a se instalar em São Roque, nos mesmos moldes que seu irmão, fundando uma fazenda, denominada Sítio Casa, e uma capela(Capela de Santo Antonio), indo esta a servir como parada e pousada dos Bandeirantes, que desciam o Rio Tietê em busca de ouro e esmeraldas.

Em 1832, São Roque foi elevada à condição de vila e, em 1864, à categoria de município. A capela original a São Roque, bem como as igrejas barrocas que a sucederam no Largo da Matriz foram derrubadas e sucessivamente “modernizadas”, assim como todo o entorno paisagístico do Largo da Matriz. Ao que consta, até a década de 1940, o Largo da Matriz era formado por um conjunto arquitetônico barroco, tendo a sua volta casarões.

Antes de ter sido elevado à condição de vila, o povoado foi declarado freguesia de Santana de Parnaíba, no ano de 1764. Em 1864, é elevado à categoria de município. Entre 1872 e 1875, é inaugurada a Santa Casa de Misericórdia e a estação da Estrada de Ferro Sorocabana. No final do século XIX, tem sua economia impulsionada pela chegada de imigrantes italianos.

 

 

Em 1834, é criado o I Cartório de Protesto de Notas e Títulos. O fórum judicial é criado em 1873, com a instalação de dois ofícios judiciais. Um ano depois, é criado o 1º Cartório de Registro de Imóveis. Em 1889, é instalado o Primeiro Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais. Em 1893, é instalado o 2º Cartório de Protesto de Notas e Títulos.

Ao que consta, essas melhorias foram levadas a cabo em função da influência político do Sr. Antônio Joaquim da Rosa, o Barão de Piratininga, importante personalidade sanroquense, e ao que consta, amigo pessoal do Imperador D. Pedro II. O Barão de Piratininga chegou, inclusive, a ser nomeado presidente da província de São Paulo no ano de 1869.

Em 1890, o industrial italiano Enrico Dell’Acqua funda a BRASITAL, uma das primeiras indústrias têxteis do Brasil, a qual funcionou até meados dos anos 1970. Hoje, faz parte do patrimônio público municipal, abrigando um Centro Cultural, Educativo e Turístico, bem como a biblioteca municipal.

A partir de 1880 ressurgiu em São Roque a segunda fase da vitivinicultura, graças à iniciativa, quase simultânea, de três pioneiros: o lavrador José Casali, o engenheiro da Estrada de Ferro Sorocabana Dr. Eusébio Stevaux, francês de origem, e o sanroquense Antonio dos Santos Sobrinho, o Santinhos, como era conhecido. Dos três, apenas o Sr. Casali se dedicou à vinicultura com fins comerciais, mas todos eles tiveram seguidores. O município apresentava condições ideais para a cultura da vinha, mas os métodos empregados na vinicultura eram os mais empíricos, pois os que a este ramo se dedicavam, seguiam preceitos muito antiquados, conforme haviam aprendido de seus antepassados, e sem nenhum apoio dos poderes públicos. O cultivo da vinha, de fins do século XIX, até a primeira década do século XX, foi se desenvolvendo lentamente.

A primeira tipografia da cidade é criada pelos irmãos Boccato, que passam a editar um semanário chamado “O Democrata”. O jornal foi fundado em 1917. O primeiro ginásio da cidade, a escola “Horácio Manley Lane” foi fundada em 1947.

 

 

Em 1990, devido ao seu grande potencial no cenário histórico, artístico, ecológico e cultural, foi transformada em Estância Turística. Com um ótimo clima serrano, paisagens belíssimas e povo hospitaleiro, São Roque dispõe de uma excelente infra-estrutura hoteleira, bons restaurantes, um amplo comércio e os mais saborosos vinhos da região. À apenas 60 Km de São Paulo e servido por duas grandes Rodovias, Raposo Tavares e Castelo Branco, São Roque oferece aos visitantes opções de lazer com ar puro e muita tranquilidade.

Dentro de São Roque, as alternativas de diversão são variadas e servem para toda a família. No conhecido Roteiro do Vinho (iremos falar no próximo post), encontra-se um apanhado de 31 estabelecimentos distribuídos por três vias. A produção vinícola da região começou no século XVII, quando imigrantes portugueses passaram a cultivar videiras às margens dos rios Carambeí e Acaraí, e teve continuidade com os imigrantes italianos, que chegaram dois séculos depois. Hoje, a estância comercializa 18 milhões de litros de vinho por ano – a maior parte de vinhos de mesa.

Para quem vai com as crianças, a cidade com cerca de 70 000 habitantes oferece dois programas interessantes: o Ski Mountain Park, que conta com pista de esqui e outras atividades, e a Fazenda Angolana, onde os pequenos entram em contato com animais. Locais para ver a cidade de cima, construções históricas e também hotéis charmosos, daqueles perfeitos para quem quer curtir o fim de semana em clima de romance e natureza.

 

 

Sugestões da Retrofenna Decor:

Sentiu vontade de conhecer e experimentar um verdadeiro vinho de São Roque, então entre no site abaixo e escolha o melhor caminho e deguste vários vinhos de São Roque – Direto das Vinícolas – Todos Maravilhosos.

http://www.roteirodovinho.com.br

http://www.skipark.com.br

Um passeio incrível para você trazer toda sua família!

Parceiros:

www.retrofenna.com.br